Criada em 2006, a Kamuri é uma associação sem fins lucrativos que tem como objeto ações ambientais, culturais e educacionais. Atualmente seu foco central é a educação escolar indígena bem como a formação de professores índios e de minorias.
A Kamuri tem como marca de sua identidade a atuação direta em Terras Indígenas por meio de projetos elaborados a partir de demandas locais, visando contribuir para que os povos indígenas e indigenistas façam garantir os direitos constitucionais, culturais e sociais dos povos indígenas.
Dentro do nosso leque de atuação, também trabalhamos com projetos ambientais, de desenvolvimento social e econômico, além de projetos de cunho artístico voltados à educação, promoção do respeito e valorização da diversidade e defesa das minorias.
Missão
Atuar em apoio e defesa da diversidade sociocultural e da biodiversidade, em especial pelo fortalecimento das culturas e línguas indígenas, e pela preservação de seus territórios.
Visão
- Consolidar-se como espaço de formação e atuação indigenista.
- Tornar-se referência em trabalho de revitalização de línguas indígenas e consolidar parâmetros referenciais nesse tipo de ação.
- Tornar-se referência na formação continuada de professores e pesquisadores indígenas.
Valores
- Priorizar os interesses e demandas das próprias comunidades.
- Fortalecer e fomentar a autonomia das comunidades indígena, nos campos de atuação da ong.
- Construir relações de legítima parceria com as comunidades, sem hierarquias.
- Estudar e incorporar epistemologias próprias das sociedades indígenas no modo de atuar da ong.
Eixos de atuação
Diversidade linguística e cultural
Temos a felicidade de viver em um país multilíngue e multicultural, mas ainda precisamos desenvolver uma cultura de mútuo reconhecimento e de relações harmoniosas entre todos. Nossa ong atua na educação da sociedade nacional pelo reconhecimento do valor e da importância da sobrevivência dos povos indígenas e de suas culturas, e atua junto aos povos indígenas em apoio às suas principais causas.
Biodiversidade e Segurança Alimentar
A importância da biodiversidade e da variedade genética são fatores mundialmente reconhecidos como indispensáveis à sobrevivência da vida no planeta. Vivemos no país que abriga a maior biodiversidade em todo o mundo, o que aumenta a nossa responsabilidade para com o bem-estar e o futuro de toda a humanidade. As sociedades indígenas são as grandes responsáveis, ainda hoje, por essa riqueza, e dependem dela para sua própria segurança alimentar. Nossa ong atua no apoio à recuperação e disseminação dessa variedade genética, especialmente com respeito às culturas agrícolas tradicionais dos povos indígenas, particularmente das suas milenares variedades de milho.
Diversidade Ambiental
Lutar pela manutenção e fortalecimento da diversidade ambiental é parte dos compromissos mundiais do Brasil perante as outras nações, no contexto dos esforços pela mitigação dos efeitos das mudanças climáticas. As terras indígenas, como se sabe, estão entre as principais áreas de preservação ambiental em nosso país, e como tais precisam ser fortalecidas. A Kamuri contribui com ações de recuperação ambiental, em particular, de nascentes e mananciais, e de proteção das terras indígenas com respeito à degradação ambiental em seu entorno.
Indigenista desde janeiro de 1979. Doutora em Ciências Sociais/etnologia indígena. Antropóloga da Fundação Nacional do Índio, a partir de 2006. É professora alfabetizadora, trabalha com educação indígena desde 1983, trabalhando inclusive na formação de professores indígenas. Coordena atualmente o Projeto de revitalização linguística das línguas indígenas em São Paulo. Co-criadora e mantenedora do Portal Kaingang.
Mestre e Doutorando em linguística pelo Instituto de Estudos da Linguagem da Unicamp, é membro também do grupo de pesquisa InDIOMAS. Pesquisa especialmente línguas Macro-Jê. Atual Coordenador de Finanças da Kamuri
Possui graduação e mestrado em Letras pela Universidade Católica de Pelotas (UCPEL). É Doutor em Linguística pela UNICAMP (2017). Membro do grupo de pesquisa InDIOMAS desde 2018 e colaborador do Projeto de Revitalização das Línguas Indígenas da Kamuri desde 2019. Tem experiência em pesquisas na área de fonética e fonologia. Atualmente é professor adjunto da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Tem um compromisso com a luta de minorias linguísticas e sociais e vem atuando para preservação do conhecimento e sobrevivência digna dos povos originários, principalmente no que concerne à luta ao direito linguístico como direitos humanos.
Indigenista, educador, linguista. Acha o mundo é inimaginável sem florestas preservadas, sem povos indígenas, sem crianças ou sem música. Lamenta que nosso país, riquíssimo em todos esses quesitos, trate todos eles com tanto descaso, e se permita crimes hediondos contra os três primeiros. É para mudar isso que luta, dentro e fora da universidade. Co-criador e mantenedor do Portal Kaingang.
Linguista pela UNICAMP e mestra em Ciências pela mesma universidade. Como integrante do grupo de pesquisa InDIOMAS, trabalhou nas oficinas de revitalização linguística com os Guarani Nhandewa, e no Projeto Web Indígena. Participou da elaboração da Gramática Pedagógica do Nhandewa-Guarani, e da revisão e tradução da narrativa sagrada Inypyrũ. Atualmente integra a equipe de Comunicação da Kamuri.
Mestra e Bacharela em Linguística pelo Instituto de Estudos da Linguagem da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Participa do grupo de pesquisa InDIOMAS. Desde sua pesquisa de Iniciação Científica trabalha com as línguas da família Jê (tronco Macro-Jê). É responsável pela organização dos conteúdos das redes sociais da Kamuri e deseja que os conhecimentos acerca das línguas e culturas indígenas possam ter cada vez mais espaço e alcançar um público cada vez maior e diverso.
Bacharel e Mestre em Linguística, e licenciado em Letras pela UNICAMP. No âmbito do Grupo de Pesquisa InDIOMAS e do projeto Projeto de Revitalização Linguística das Línguas Indígenas em São Paulo, desenvolveu o "Vocabulário Unificado Português-Krenak / Krenak-Português do Século XIX". Acredita que é dever de todos lutar junto às minorias sociais e ao meio ambiente.
Doutoranda em Linguística pela Universidade Estadual de Campinas - UNICAMP (2019). Mestra em Linguística pela Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (2015). Pesquisa a contribuição das línguas indígenas na formação do português brasileiro. Membro do grupo de pesquisa INDIOMAS - Conhecimento de Línguas Indígenas e Línguas de Sinais na relação Universidade & Sociedade e da KAMURI. Vice-Coordenadora do XII ELESI (Salvador, set.23)
Professora Adjunta da Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará (UNIFESSPA). Graduada em Letras - Licenciatura em Língua Portuguesa (UFPA). Mestre e Doutora em Linguística pela UNICAMP. Pós-Doutorado em Linguística Antropológica (PNPD-Capes) junto ao Programa de Pós-Graduação em Antropologia (PPGA) da UFPA. Atua em Documentação, Descrição e Revitalização, em especial a língua Tapayuna (família Jê). Trabalha com Políticas Públicas, em especial com Política Linguística junto aos Kayapó de São Félix do Xingu (S-SE do Pará), no projeto intitulado “POLÍTICA LINGUÍSTICA: Adequação dos ambientes públicos para a regulamentação e implementação de um município bilíngue”.
Graduada em Tecnologia em Agronegócio pela FATEC-SP, em 2016. Mestranda na UFSCar (Campus Araras, SP), no curso de Agroecologia e Desenvolvimento Rural (linha de pesquisa: Tecnologias e Processos em Sistemas Agroecológicos). Doutoranda na Université Laval, Québec - Canadá, no curso de Etnologia e Patrimônio, em 2020. Desenvolve pesquisas na linha Ambiental e Cultural vinculadas às áreas de Fitotecnia, Sociologia rural, Antropologia Rural, Patrimônio Cultural com ênfase em: Agroecologia, Sementes crioulas, Agricultura familiar, Indigenismo e Meio ambiente.