A líder quilombola Maria Bernadete Pacífico, do Quilombo Pitanga dos Palmares (Simões Filho, região metropolitana de Salvador, BA), foi executada por dois pistoleiros, em sua casa, com 10 tiros de armas de uso restrito de forças de segurança, no último dia 17 de agosto. Maria Bernadete tinha 72 anos, era Yalorixá e ex-secretária de Promoção da Igualdade Racial de Simões Filho (BA). Seu assassinato está relacionado, provavelmente, a conflito pelas terras do quilombo, ou por interesses de exploração ilegal de madeiras em área de preservação, ao que a líder se opunha.
O assassinato de Maria Bernadete Pacífico reforça a convicção sobre o fortalecimento do crime organizado e de quadrilhas armadas durante os quatro anos do governo passado, que também garantiu impunidade a essas organizações. O assassinato da líder quilombola deixa em luto todas as pessoas e instituições comprometidas, em nosso país, com os direitos humanos e com a luta antirracista.
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